A violência obstétrica é um tema que tem ganhado cada vez mais visibilidade nos últimos anos. Infelizmente, muitas mulheres ainda sofrem com essa forma de violência durante o processo de gestação e parto. E uma dessas mulheres é a atriz Juliana Didone, que recentemente compartilhou sua história e como conseguiu superar o trauma.
Juliana Didone é conhecida por seus trabalhos na televisão e no teatro, mas foi em sua vida pessoal que ela enfrentou um dos momentos mais difíceis de sua vida. Em 2018, a atriz deu à luz sua primeira filha, Liz, e foi nesse momento que ela vivenciou a violência obstétrica.
Em uma entrevista para a revista Marie Claire, Juliana descreveu como foi o seu parto. Ela conta que, desde o início, sentiu que não estava sendo ouvida pelos profissionais de saúde. Ela queria ter um parto normal, mas foi induzida a uma cesárea sem necessidade. Além disso, durante o procedimento, ela foi submetida a uma episiotomia (corte no períneo) sem o seu consentimento.
A atriz também relatou que, após o nascimento de sua filha, foi separada dela por cerca de duas horas, sem nenhum motivo aparente. E quando finalmente pôde ter contato com a bebê, foi informada de que ela estava com baixa glicemia e precisaria ser internada na UTI neonatal. Juliana se sentiu completamente desamparada e sem entender o que estava acontecendo.
Essa experiência traumática deixou marcas profundas em Juliana. Ela conta que, nos primeiros meses após o parto, se sentia muito triste e angustiada, sem entender o motivo. Foi quando ela descobriu que estava sofrendo de depressão pós-parto, um problema que afeta muitas mulheres e que pode ser desencadeado por situações como a que ela viveu.
Mas, mesmo diante de tantas dificuldades, Juliana decidiu que não iria se calar. Ela usou sua voz e sua visibilidade para falar sobre a violência obstétrica e conscientizar outras mulheres sobre seus direitos durante o parto. Em suas redes sociais, ela compartilhou sua história e recebeu inúmeras mensagens de apoio e relatos de outras mulheres que também passaram por situações semelhantes.
Além disso, Juliana também se uniu a outras mães e ativistas para lutar por mudanças na legislação e na forma como os partos são conduzidos no Brasil. Ela participou de debates e eventos sobre o tema e se tornou uma voz importante na luta contra a violência obstétrica.
Com o apoio de sua família e amigos, Juliana conseguiu superar o trauma e hoje é uma mãe feliz e realizada. Ela também se tornou uma defensora dos direitos das mulheres e uma inspiração para muitas mães que passaram ou passam por situações semelhantes.
É importante ressaltar que a violência obstétrica não se resume apenas a procedimentos médicos desnecessários ou falta de respeito com a mulher durante o parto. Ela também pode se manifestar de outras formas, como violência verbal, negligência e falta de informação. Por isso, é fundamental que as mulheres estejam informadas sobre seus direitos e saibam que podem e devem questionar qualquer conduta que não esteja de acordo com suas vontades.
A história de Juliana Didone é um exemplo de força e superação. Ela não se deixou abater pelo trauma e encontrou uma forma de transformar sua dor em luta e conscientização. Que sua coragem e determinação sirvam de inspiração para todas as mulheres que já passaram ou ainda vão passar pelo processo de gestação e parto. E que, juntas, possamos lutar por um